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Limão siciliano

  • Foto do escritor: Sâmela
    Sâmela
  • 27 de mai. de 2024
  • 1 min de leitura

Às seis da tarde, o sol desceu apressado. Vi uma borboleta solitária cruzar o feixe de luz e desacordá-lo. Entrou pela porta a moça desatenta para a vida, que se apoiava no peso dos outros para não se sentir pesada.


Era a mesma camisa, a cor limão siciliano, e os olhos mortos de maresia. A cidade, o labirinto aberto para a cruzada fechada de seu coração.


Se pudesse tirar a dor de cabeça atrás dos seus olhos, só escuto e imagino o silêncio da noite e o estalo dos segundos partindo os pensamentos vazios. Sinto a lepra da falta de amor e da risada solta. Ela vivia a caminhar no tempo pelo pensamento, tendo no peito a cor do último dia azul.


A moça deixa a cidade. Qual será a fruta de sua camisa?


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Espero que passe por um túnel de pedra e descubra um jardim secreto, pois das mãos dos homens a vida se faz em pranto, confuso e obscuro. O mundo deve vir de dentro primeiro para descobri-lo do lado de fora depois.


Metade de uma vida não é o bastante para entender? O mundo não espera por nós.


 
 
 

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