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Estranho Ofício

  • Foto do escritor: Sâmela
    Sâmela
  • 31 de jul.
  • 1 min de leitura

Era preciso abrir a casa, deixar a terra ser cultivada, amar a chuva e a tempestade, respirar o ar lentíssimo em dor, esquecer a marca da ferida e abraçar os braços do outro legitimamente.


Nenhum cansaço é só seu. A tarde pode se fundir sobre todos os pensamentos.


Escutam-se os rumores dos muros suspensos, das horas desconsoladas, dos mundos criados e desfeitos por crianças que acreditavam na esperança que vivia no instante dos pequenos acontecimentos.


Que estranho ofício das crianças de descobrir e se apegar a um mundo, para amar imensuravelmente o que seus dedos pequeninos tocaram. E não desejar nunca abandonar a lembrança de viver.


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