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Era muito cedo

  • Foto do escritor: Sâmela
    Sâmela
  • 15 de ago. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 18 de nov. de 2024

Era muito cedo quando levantou e sentiu mais um dia. Se perdeu nas memórias antigas por alguns minutos antes de se levantar e preparar o café.


Quando ficava muito tempo sentada na cadeira de balanço na sacada, parecia que estava viajando; lembrava a brisa quente da estrada. Fechava os olhos e sentia.


Era dia de fazer compras, colocou um vestido florido leve, achou fresco. Penteou o cabelo como se todos fossem notar, e saiu.


No caminho desviava dos olhares, mas quando decidia olhar alguém nos olhos, ficava triste por não olharem de volta, seu vestido e cabelos penteados.


Na volta, parou em uma praça, colocou as compras no chão, e tentou ficar um pouco bronzeada pelo sol. Observou as crianças brincando e sentiu falta de sua mãe, se perguntou porquê ela não fora presente.

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Quando chegou em casa, releu uma carta antiga que escrevera quando criança, sobre um passarinho que perde sua casa, mas todos os dias ele canta e ama o mundo.


Olhou a vista uma vez mais, apreciando o raio refletido. Guardou as compras, deitou para um cochilo, e morreu.

 
 
 

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